segunda-feira, 2 de maio de 2011

Semana de prova.
É realmente triste ver como a engenharia pode fazer com que sonhos se tornem poeira.
Trabalhos, tarefas, exercícios...

um enorme percentual de pessoas que não sabem o que esta acontecendo.

exatamente como eu.

triste

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Novidades antigas

Para variar mais um amor que não foi.
Mais um grande sonho que sonhei em vão.
A dor não é simplesmente pela solidão ou a perda em sí.
Mas é um conjunto de tristezas fortes que nos crava no peito.
A companhia, o beijo, o carinho... Ficar perdido pela manhã... pensar no outro inutilmente a todo instante.

E o cuidado? Adianta se preocupar com o bem estar do outro depois do fim?

Nunca senti isso antes. Vão me chamar de hipócrita logo logo... Fazer o que?

quinta-feira, 29 de julho de 2010

The sound of silence

Bem mais uma música para vocês ouvirem e vivenciarem comigo.
Hoje vai mais uma sugestão ao mesmo tempo.


O que devem fazer?

Cliquem alí no rainymood e continuem lendo e daqui a pouco vamos ouvir a música juntos.

Bem eu estou aqui solitário escrevendo mais uma vez nesta noite seca. Completamente silenciosa posso ouvir claramente as vozes em minha cabeça gritando.

Aos poucos posso sentir ainda que gritam de forma ainda mais desesperadora as vozes do meu coração... apesar de não saberem o porque do pânico. Sabem que gritam os sonhos da minha alma. Sabem que gritam por liberdade de espírito. Por amor e por paz.

Cliquem aqui e comecem a ouvir a música mantendo o site da chuva aberto.
versão de uma garota aí: http://www.thesixtyone.com/s/LZxMnnV2N4a/?referred_by_username=dreamcage

segue a letra da música....

The Sound Of Silence (3:08)
P. Simon, 1964

Hello darkness, my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left its seeds while I was sleeping
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
'Neath the halo of a street lamp
I turn my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence

And in the naked light I saw
Ten thousand people maybe more
People talking without speaking
People hearing without listening
People writing songs that voices never shared
No one dared
Disturb the sound of silence

"Fools," said I, "you do not know
Silence like a cancer grows
Hear my words that I might teach you
Take my arms that I might reach you"
But my words like silent raindrops fell
And echoed in the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon god they made
And the sign flashed out its warning
In the words that it was forming
And the sign said "The words of the prophets are written on the subway walls
And tenement halls
And whispered in the sound of silence

---

É fácil perceber o quanto esta música ecoa em nossos pensamentos sem nem mesmo desejarmos isso. A melodia e obviedade do quanto o silencio significa para nós. Quando dizemos a expressão o "som do silencio" de repente já estamos a um pequeno passo de nos confrontar. De ficarmos nús. De falar a verdade sem dizer uma única palavra.

E é assim que o autor começa a música. É encarando sua velha amiga a escuridão. O lado sombrio do mundo ou de sí mesmo. E não é a sua primeira vez, e ele já começa demonstrando o grau do seu tormento desta forma. Então começa a explicar o porque ele encara essa escuridão... é a previsão ou a visão de que algo esta acontecendo. Que algo de muito ruim esta acontecendo... terrível. Em sua impotencia o mal age enquanto nosso autor dorme de forma sorrateira e suja. Semeando o que lhe interessa enquanto suas visões disso continuam em sua mente exatamente no meio do "som do silencio".


Quardar algo no meio do som do silencio é como você se preparar para a guerra. Na qual toda a sua honra será sua motivação e em que provavelmente a sua vida será levada em nome desta honra.


Na segunda estrofe tudo fica ainda mais simples... Nosso autor caminha só pelas ruas, ruas de sua cidade, ruas apertadas a cidade já parece engolir e machucar de alguma forma o autor. Quando ele se vira, embaixo de um poste qualquer, e vê um neon que fere suas vistas e parte a noite. E tudo isso toca "o som do silencio". A força com que o neon faz tudo isso é devastadora... ele incomoda perturbadoramente a ponto de tocar o som do silencio...


Na rua fria. Solitária. Apertada. E nua por mostrar como ele esta completamente só naquele lugar. Nosso autor vê tristemente dez mil pessoas, ou mais... Pessoas falando sem dizer. Pessoas ouvindo sem escutar... pessoas escrevendo canções que as vozes nunca compartilhariam... e ninguem se atreveu a perturbar o som do silencio.

Aqui o autor já mostra o futuro da nossa sociedade egocentrica. A forma como levamos nossa vida todo dia. A vontade de falar de sí sem parar... A vontade de na verdade não falar nada. A construção de almas solitárias que andam lado a lado. E assim eles se voltam para uma luz mais forte que rouba deles a atenção e a esperança de preencherem algo em suas almas que é o neon.

Tolos! - então o autor se manifesta ativamente.

"O som do silencio cresce como cancer! Escutem minhas palavras que talvez eu possa ensiná-los. Levem meus braços que eu os agarrarei."

Mas minhas palavras como silenciosas gotas de chuva caíram. E ecoaram no poço do "som do silencio".

Agora em um instante de fúria. O autor tenta resgatar as pessoas. Traze-las de volta a vida. Mas nada disso surte efeito e as suas palavras ecoam junto ao som do silencio.

Na ultima estrofe: As pessoas rezam e se curvam para o Deus de neon que fizeram. Quando piscou no céu um aviso e nas palavras que se formavam: "As palavras do profeta estão escritas nas paredes do metrô e nos corredores das casas dos conjuntos habitacionais." E por ali sussurraram o som do silencio.

No fim da música o neon que era uma fuga agora é uma necessidade um objetivo de vida. É importante rezar para seu novo Deus. Preencher sua alma com algo mesmo que seja fútil. Mesmo que seja vazio. Não interessa comunicar-se com pessoas. Conhecer seus vizinhos e olhar nos olhos. A faísca que brilha no céu ainda dá uma ultima dica. Longe do neon... sussurra o som do silencio por onde você anda todos os dias seja do lado da sua casa ou no caminho para o trabalho quando o som do silencio toma conta do seu peito e você não tem coragem de nem mesmo se desesperar ou chorar. É nessa hora que você ora para seu neon e twitta alguma bobagem do celular.


domingo, 27 de junho de 2010

Beleza

Depois de 26 anos descobri o que eu gosto.
Sim eu gosto do belo.
Gosto do que é bonito
de ver, sentir, ouvir.

se alguém passasse uma vida inteira em busca de um botão de rosa perfeito
não seria uma vida em vão

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Lucy

Sua presença é constante
Mesmo que esteja offline

Sua ternura é encantadora
Mesmo que seja um emoticon

Seu olhar é um doce
Mesmo que seja só seu avatar

A verdade é que não sei bem
O que ou quem vc é
Mas a saudade
E toda essa vontade
Bem loca de te ver
Sei bem como é

domingo, 16 de maio de 2010

Cheguei em casa as cinco.

Te procurei... olhei pela sala, no escritório.
Nada ví.
Liguei a máquina fria. Te procurei em páginas... encontrei seus rastros
Não era suficiente
Cheguei até a cozinha. Abria geladeira em um impulso insano de te encontrar ali...
Mas nem a comida poderia satisfazer minha fome agora
Meu anseio
desejo
sede
de você
A dor que me aflinge é tão estranha e confusa.
O que me consola agora.
É só a certeza de que toda a dor e dúvida não me incomoda quando estou em seus braços.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O que queremos?

Pooo...
Fora os desvios básicos de personalidade.
Queremos amor e paz.

e é essa a confusão gigante da minha vida inteira
de sempre ver o que é certo e belo com ingenuidade

e sofrer com toda mentira e repressão

bem pra variar neste domingo tosco
aconteceu o que tinha que acontecer sempre

TUDO me mostra e comprova de que minhas atitudes são erradas

ser como sou é ser ERRADO

e como é que se deve ser?
eu vou dizer o que sinto e o que quero sim
vou sonhar o quanto desejar e até aonde puder

estou tão cansado....

:(

sábado, 10 de abril de 2010

Conversa sobre o fazer poético ou o fazer vivético

Falar e falar de se escrever ou falar e falar de se viver.
No fundo é a mesma coisa.
Expressar meu sentimentos em palavras.
É explicar como se faz para viver.

Ainda não estou certo disso.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Sentimentos Modernos

Bem faz algum tempo que eu não digo nada por aqui. E não dizer nada a maior parte das vezes é também não sentir tanto...
Mas hoje quero falar o que significa não sentir tanto para mim.
Estava conversando com uma garota e ela me comentava sobre um absurdo. Seus pais a deixaram em casa na semana de seu aniversário e viajaram. Inaceitável falha paterna.
Digo que eu no lugar dela provavelmente não ficaria tão abalado. Compreenderia e seguiria em frente... mas percebo que INFELIZMENTE agiria assim...
Eu queria chorar, gritar, brigar e etc.... como ela fez. Mas não, iria me contentar com qualquer coisa com qualquer amigo com qualquer presente...
Ela queria os pais dela!
Putz, quem é assim?
Quem chora porque os pais viajaram?
Meus amigos comemorariam com cervejada em casa! Outros certamente iriam chamar umas pu*** para aliar o aniversário com a viajem abençoada dos pais...

Eu sei, alguem diria que chorar assim é ser infantil. E eu quero que quem pensa isso se foda!

Espero um dia ser mais quente, como outrora. E espero que os que são nunca deixem de ser.

Ah é, parabéns mocinha! Muitos anos de vida! =***

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Nelore Valente

Na fazenda que eu nasci
vovô era retireiro
em criança eu aprendi
prender o gado leiteiro
um dia de manhazinha
vejam só que desespero
tinha um bezerro doente
a ordem do fazendeiro
mate logo este animal
e desinfete mangueiro
se essa doença espalhar
poderá contaminar
o meu rebanho inteiro

eu notei que o meu avô
ficou bastante abatido
por ter que sacrificar
o animal recém nascido
nas lágrimas dos seus olhos
eu entendi seu pedido
pus o bichinho nos braços
levei pra casa escondido
com ervas e benzimentos
seu caso foi resolvido
com carinho ele tratava
e o leite que o patrão dava
com ele era dividido

quando o fazendeiro soube
chamou o meu avozinho
disse você foi teimoso
não matando bezerrinho
vai deixar minha fazenda
amanhã logo cedinho
aquilo feriu vovô
como uma chaga de espinho
mas há sempre alguém no mundo
que nos dá algum carinho
e sem grande sacrifício
vovô arrumou serviço
ali no sítio vizinho

em pouco tempo o bezerro
já era um boierado
bonito, forte, troncudo,
mansinho e muito ensinado
automóvel do atoleiro
ele tirava aos punhados
por isso na redondeza
ficou bastante afamado
até que um dia a noitinha
um homem desesperado
gritou pedindo socorro
seu carro caiu no morro
seu filho estava prensado

o carro da ribanceira
o boi conseguiu tirar
o menino estava vivo
seu pai disse a soluçar
qualquer que seja a quantia
este boi eu vou comprar
eu disse ele não tem preço
a razão vou lhe explicar
a bondade do vovô
veio seu filho salvar
esse nelore valente
é o bezerrinho doente
que o senhor mandou matar

---

A minha vida na cidade desde o inicio sempre foi cheia de informações e novidades...
Apesar de tudo com as palavras de meus pais, meus avós e meus tios conheci um pouco da vida na roça. Poucos entendem que a palavra roceiro para o fazendeiro é um orgulho. A nome peão para um vaqueiro é um elogio.
Realmente a vida na roça é diferente da cidade. O que é bonito é diferente o jeito de olhar é diferente...
Enxergar a vida como uma batalha, lutar por sua família, tratar de seus filhos e dos mais velhos é só que se consegue ouvir da boca de meus antepassados.
Imagino que posturas honradas tiveram muitos guerreiros pelo mundo.
Quando vejo meus heróis montados em feras na roça.
Montar um animal feroz para mim não é simplesmente um ato de força, mas é a maior prova da nossa interação com a natureza... coisa que eu pouco tenho.
Essa musica diz um pouco disso, dos valores que me foram passados... da paixão pela terra e pelos animais.
Apesar da minha vida na cidade... eu tenho certeza de onde foi que eu saí.